13 de junho de 2007

Respeitável publico pagão, aqui estou novamente, declarando ao mundo a nostalgia que envolve tal reino.
Ela sempre cercada por garoa e ilusão caminha nas ruas, aparentemente alheia a tudo, mas traz consigo, respeitável publico, um espírito absurdamente observador, que lhe permite uma interpretação rápida e quase sempre precisa das pessoas, de camponeses ate a realeza.
Nos olhos da cor da madeira nobre brincam sombras e cores, na mais perfeita harmonia, refletindo seu passado.
Artista por natureza e articuladora por opção. Gosta de se sentir sempre no controle das pessoas e das situações. Entretanto, veja só, paralisa-lhe o a mente a simples presença dele.
Impulsiva, vive cada momento por vez. Carinhosa solidária e sarcástica. Em discrepância com seu orgulho, sua meiguice quase que infantil. Cabeça dura e coração mole. Longe de ter uma beleza clássica, encanta pela autenticidade. Atriz talentosa quando se faz necessária tal habilidade. Sonhadora e com um alto nível do que costumo chamar, senhoras e senhores, inteligência emocional.
Dedica-se a plenitude dos sentimentos. Os cachos castanhos que fogem do cabelo preso escondem um sensualidade viciante. Uma fada com palavras e sabores. Utópica em algumas questões. Envolvida em mistérios e paixões.
Que abram-se as cortinas cor de vinho e prossiga o espetáculo. Apresento-lhes, senhoras e senhores, a Condessa Danna Del’ Lamarque.

Um comentário:

- disse...

-
Me lembro do intento desse texto.
Me lembro das palavras.
Me lembro de todas as verdades ditas.
Me lembro dos buracos que faltam ser preenchidos por palavras alheias.
Mas sobretudo me lembro da imagem por trás delas.
E lembro de ser parte do público desse espetáculo particular.