22 de abril de 2010

Abismo.

Sabe quando Nietzsche diz que quando você olha demais dentro de um abismo, o abismo olha dentro de você? Então, tem um abismo me encarando. Tem eu na beira no abismo sem conseguir desviar os olhos. Tem ele me olhando de volta, embora eu só veja escuridão. É como aquele arrepio na espinha que dá ao saber que tem algo ou alguém te olhando escondido na falta de luz. Não tem nada pra mim fora do abismo além de desesperança. Não tem nada pra mim no abismo além do vazio. A decisão por agora é viver na última porção de terra entre os dois.

(É que eu tô vivendo um momento em que qualquer palavra pode me dar a força pra viver mais um dia ou a coragem de acabar de vez com isso.)

2 comentários:

Anônimo disse...

As palavras articuladas: " Eu te amo" e "Vc me faz bem" te dão vontade de quê?

Lara disse...

e quando o eu te amo e você me faz bem se torna falada não só por uma pessoa, mas por um coro todo? e se eu ainda adicionar que os abismos nunca são tão grandes quanto parecem e que você é infinitamente maior que ele?

adiantaria alguma coisa?