8 de dezembro de 2009

Reverberando.

E agora? agora o que?
Insaneei, tragueei e a minha lingua sozinha na sua boca lambe água de areia no deserto. Maliciei e carnime-ei.
Palavras criei, crio. Recrio como a cria que sai do poro da tua pele e jorra sangue. Sangue de esperma pra você e suor da tua saliva pra mim, duplo, garçom.

E antes? antes do que?
Produto de embalagem mal desenhada, largada num canto qualquer dum quarto mofado cheirando à ansiedade. Sexeei, provoquei, fiz que fiz e segui sem fazer.

E passado? passado isso?
Recriei e reinventei. Mentieei, mentirei. Derramo DNA pelos olhos e uma cobertura de açucar diamante na pele, agridoce com o sal da água quente que marca e demarca.

Quarenta quilos de Salsa, 36 graus e meio debaixo da pele, gelo na espinha e pimenta na ponta dos dedos.

Vá! Faça! Aproveita! o corpo grita e chora e esperneia e suplica.
Aguenta! água e enzimas nunca te mandaram.

Só só. Amor de só.
Insanidade, paixonidade, orgulhidade.

Nenhum comentário: