1 de outubro de 2009
Sabe qual é o problema?
É essa necessidade de definição. Esse desespero de saber o que é, porque é, desde quando é, até quanto é. Essa subversiva inconsistência entre o sentir e o racionalizar. É a busca desenfreada de respostas que gera perguntas. Fatos existem muito além de porquês, questionados ou não eles permanecem. Porquês tendem a abreviar fatos, nunca a prolongá-los. Expectativas criam sensações, não criam momentos. O silêncio do abraço é que permanece, o gosto das palavras, o cheiro do sossego. Mas é tão difícil se desprender de amarras que não vemos, de fios de nylon com os quais nascemos... parafraseando o Sócrates, a vida é sim se desprender. A racionalização é nosso ventríloquo, e sinto muito desapontá-los, mas não é simples como pegar uma tesoura e cortar os fios que nos prendem, sem eles nada mais seriamos que bonecos sem vida no chão. O segredo é buscar o equilíbrio entre os fios que nos sustentam e os que nos prendem. O segredo é a emoção até o final.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário