(...)
Tavez chegará o dia em que um homem e uma mulher, iguais a nós, tocarão neste amor, e ele ainda terá força para queimar as mãos de quem os toque. Quem fomos? Que importa? Tocarão este fogo, e o fogo, meu amor, dirá teu nome simples, e o meu nome, que só você soube, porque só você sobre a terra sabe quem sou. E porque ninguém me conheceu como sequer uma das tuas mãos, porque ninguém soube como, nem quando meu coraçao estava ardendo. Só seus olhos souberam, tua boca, tua pele, tuas entranhas. E a sua alma que despertei, pra continuar cantando até o fim da vida.
Amor, te espero.
Adeus, amor, te espero.
E assim esta carta termina sem nenhuma tristeza: estão firmes meus pés sobre a terra, minha mão escreve esta carta no caminho, e mergulhada na vida estarei, sempre, junto ao amigo, frente ao inimigo... com teu nome na boca e um beijo que nunca se afastou da tua.
(Neruda, eu, e quem mais conhecer essa coisa sem nome...)
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