Ódio de cara. Do tipo arrebatador. Quem esse moleque acha que é? Fica aí fazendo média com a caixa do bar, passa de mesa em mesa com aquele sorriso branco de macho alfa, fala alto e tem essa risada que de tão espontânea irrita. Quem ele pensa que é?! Mané, mané total. Odeio gente feliz, cara. E ele ainda sorri pra mim e dá uma semi-piscadinha. Morra.
Madrugada passa, bar vai ficando vazio, ele chega perto. Já ouviu Jarabe de Palo? e não, nunca ouvi e, maldição, me arrancou um sorriso. Bonito, não é que o moleque é bonito? aliás, é muito, é demais, essa luz favorece, não é possivel. Acho que bebi demais... dia seguinte, sobriedade, continuou lindo. Pior, todas concordam. Ombros, tatuagem, sorriso, pele queimada de sol, sorriso, olhos cor do mar, sorriso, lábios, mãos. É inteligente, estuda geografia. Gosta de voar, me leva pra areia e pro céu.
Era meu, ali. Por qualquer força mística em uma semana eu estava usando uma aliança prata na mão direita onde estava gravado: Thiago. É, nome bonito, homem bonito. Do tipo que o universo vira pra olhar, do tipo que leva a vida que sempre quis. Dizia ser fiel, eu não acreditava. Podia ser o que quisesse.
Foram três meses. Foram aulas de dança e tardes na praia. Num domingo qualquer deitados na grama do Jardim Botânico passa uma mulher bonita, os dois olham, os dois sabem que os beijos não tem mais nada a ver com a nossa relação. Tiro a aliança, ele tira também. Gostava de mim, era fiel, era divertido, não era pra mim.
Quatro anos já... e continuamos juntos. Ele longe, bem perto. Vai ser perfeito assim na puta que te pariu, Thiago! E ele obedece, sempre. Não quero perfeição, não, mas conservo perto. Não é qualquer uma que ouve um 'eu te amo' sincero toda semana do homem mais bonito que já viu...
2 comentários:
eu acho a relação de vocês dois a coisa mais bonita do mundo. não é qualquer um pra ter essa sorte não.
Pra essa semana: te amo.
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