9 de dezembro de 2007

Sobre a Dança:

Não se dança com as pernas ou os braços.
Se dança verdadeiramente quando troca-se o chão pelo vôo que vem dos suspiros que os poros deixam escapar. Quando os tambores da musica ditam o ritmo da impulsão do sangue. E, isso só acontece, com quem tem a semente do ritmo criando raízes na alma.


Sobre a insônia:

Quando pensamos perder o sono, na verdade foi ele que nos perdeu. Nos perdeu na confusão da nossa vontade de que amanheça. E foi brincar de fazer a noite sonhar em outro quarto. Pobre dele... não sabe que a noite não dorme, e eu não sonho.

Sobre os poetas:

Poetas abrem todos os dias, de segunda a segunda.. Não tem férias e feriados, e nunca tem placas avisando quando saíram pro almoço. Ainda assim, pode ser que não encontre o mais próximo de você, pois, afim de não serem assaltados, estão disfarçados sob a rotina.

Sobre as laranjas:

Laranjas são como correntes, para que nunca se percam, dão as mãos. E como pessoas, que por estarem em posições diferentes, se dividem em gomos. A única diferença, é que as pessoas são mais azedas.

Sobre as borboletas:

Essa tarde da janela, vi como as asas das borboletas, feitas artesanalmente por vaidade, podem ser tornar escombros, prendendo uma delas ao chão quando ferida. E as cores viram tapete.

Sobre algodão doce:

É a mentira menos dolorosa que se pode ser contada.

Sobre a solidão:

Essa tal de solidão é o que ganhamos de brinde quando compramos altruísmo.

Sobre arvores:

As árvores são como escadas para tirar os passarinhos do chão. Quer subir?

Sobre os sonhos:

Sonhos são o que todos somos quando não tem ninguém olhando.

Vida de estrela:

Quando eu era criança, queria ser estrela. Hoje, não quero mais, por ter descoberto que estrelas são o pó, que subiram ao céu pela vontade do chão de voar. E que com uma limpeza, e um bom lustra-nuvens, volta a ser o barro, úmido com as lagrimas que a decepção tirou da esperança.

Sobre as lagrimas:

Lagrimas são transparentes, pelo vazio que os olhos abrigam.

Sobre Teatro:

É a única maneira de receber aplausos, por ser tudo o que sempre quis ser.

Sobre os sorrisos:

Sorrisos são luas novas pra lembrar ao rosto que as fases são constantes, e nenhuma delas é de todo má.

Sobre os beijos:

A melhor maneira de entender as pessoas, é beijando-as pois, só assim encontrarás as palavras puras, sem rodeios ou ordens.

Sobre tudo:

Descobri que o tudo não existe, se não pudermos vê-lo.

Sobre o amor:

Amor é o que você encontra, quando pensa que está perdido.

-> As frases foram feitas "plagiando", Rita Apoena. Créditos dela.

Um comentário:

- disse...

-
Adoro essa simplicidade.
Esse jeito singelo de insinuar que tudo está ao alcance, que só é preciso estender as mãos, abrir os braços e correr em direção ao sol.
Essa verdade de que tudo é possível, de que novos olhares não trazem o mundo de cabeça para baixo...
Toda essa poesia, essa simplicidade do dia-a-dia, perdida quem sabe numa esquina qualquer.